INICIO DE UMA PAIXÃO

Morava em Santos e desde criança sou apaixonado por aves, entre elas os canários, meu avô materno sempre criou esta espécie, mas não de forma organizada, eram canarios sem raça definida, mas eram canarios e eu sempre ficava horas e horas apreciando aquelas lindas criaturas. Meus avos mudaram para o Sul de Minas Gerais quando eu tinha 10 anos, meus pais moravam em um pequeno apartamento e nao tive oportunidade de ficar sequer com um canario, com o frio do Sul de Minas e a mudança brusca de clima as aves do meu avô foram morrendo e cada vez eu ficava mais longe dos canarios, mas sempre pensei que quando tivesse uma casa eu teria pelo menos um casal. No final de 2006 por motivos profissionais eu me mudei para Campinas, em 2008 me casei e estava na minha casa, faltava a minha esposa aceitar a ideia e ela aceitou, hoje é apaixonada por canarios e em homenagem a ela nosso canaril chama-se Canaril Karina's. Sou iniciante, meu primeiro canario depois de 15 anos foi um canario de cor em 2008, mas em 2009 foi quando a paixao em criar começou. Em janeiro de 2009 conheci uma pessoa que criava canarios e dele ganhei um macho de vermelho mosaico, ele era socio da UCCC (Uniao de Criadores de Canarios de Campinas) e perguntei a ele como fazer para ter uma femea, foi ai que fui ate a feira em Itatiba no Campeonato Brasileiro que acontece no mes de julho e me deparei como uma raça maravilhosa, o GLOSTER, ai sim a febre começou. Montei 4 casais em 2009, o inicio sempre é dificil, muitas cabeçadas, me tornei socio da UCCC e anilhei meus quinze primeiros canarios. No meio do caminho, sempre encontramos pessoas boas que nos ajudam, mas muitos nos atrapalham, sempre querendo ter vantagem, comerciantes e não criadores e sem muita pratica acabamos caindo, comprando errado e fazendo cruzamentos mal feitos. Neste ano de 2010 tracei como meta, ter um excelente plantel e com muita sorte pessoas boas foram colocadas no meu caminho, conheci pessoas que estao me dando um excelente suporte Marcelo Bueno da Cunha do Glosters da Serra CCCJ(Jundiai) e Wolney Netto, Jorge Gustavo Shimabukuru e Thiago Dias Barbosa UCCC (Campinas) que com certeza sao grandes responsaveis pelo breve futuro sucesso do meu canaril. Criar é AMAR...

CANARIL KARINA'S - sócio UCCC 106

CANARIL KARINA'S - sócio UCCC 106
Gloster sem topete fundo amarelo nevado pintado

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nomenclatura de Canários de Porte

Espero que o link abaixo ajude quem precisa inscrever os canários de porte.
Esta era uma das dúvidas que eu tinha. Para inscrever nossos canários de porte nos concursos precisamos informar a nomenclatura abreviada e o código classe corretos.

Link:
www.fob.org.br/.../Anuario_2009_Nomenclatura_Canários_de_Porte.pdf

sexta-feira, 21 de maio de 2010

52° Concurso Ornitológico - UCCC

Dia 19/06/2010 sábado terá inicio o 52° Concurso Ornitológico de Campinas, as incrições devem ser feitas ate dia 02/06/2010, neste ano estarei participando com apenas três canarios.
Este concurso classifica as aves para a 59° Campeonato Brasileiro de Ornitologia (2° ETAPA).
Os pássaros classificados em 1° e 2° lugares (individual), desde que obtenham pontuação minima de 87 pontos e os quartetos classificados em 1° lugar com pontuação minima de 350 pontos poderão participar do Campeonato Brasileiro.
Boa sorte a todos!!!

Principios basicos para criar canários

LOCAL DA CRIAÇÃO

Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída do ar aquecido.


A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das causas de insucesso na criação de pássaros.

GAIOLAS

As gaiolas indicadas para a criação de canários são de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros.


Existem no comércio diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir as gaiolas iguais e do mesmo fabricante, com a finalidade de padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. Embora um pouco mais caro, deve-se adquirir para cada gaiola, uma grade - piso sobressalente que facilitará a limpeza.


São eles que, ao adquirirem seus primeiros exemplares, possibilitam aos criadores de categoria média a base financeira para que adquiram exemplares de grande categoria genética aos grandes criadores que por sua vez, obtêm condições para o aumentarem suas importações, finalizando a espiral do progresso.


Por isso, para esses verdadeiros propulsores dessa imensa máquina, selecionamos os conselhos de um técnico do gabarito do autor desse artigo que consideramos um dos mais bem elaborados e explicativos dos quantos que já apareceram através dos anos.

Os fundos das gaiolas (bandejas) devem ser forrados com papel absorvente (pode-se usar folhas de jornal) e sempre que houver acúmulo de desejos, troca-se a forração (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-pisso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e lavadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante.


É preciso dispensar cuidados especiais também com os poleiros, que devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas.

ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS

São muitos e variados os acessórios utensílios destinados a equipar as gaiolas de criação que podem ser encontrados no comércio. Deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos muitas vezes supérfluos e que acabam dificultando a manutenção da higiêne.


Os melhores e mais práticos são os comedouros e bebedouros plásticos em forma de concha ou meia lua, usados no exterior da gaiola. Esses recipientes devem ser mantidos rigorosamente limpos, não admitindo-se que os bebedouros criem limo (algas) e os comedouros acumulem pó. Além da limpeza diária dos bebedouros, com pincel, escova e esponja, pelo menos uma vez por semana os mesmos devem ser mergulhados por algumas horas em solução de cloro (Quiboa, Cândida, etc...) e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocadas para lavagem em espaços de tempos maiores.


Os canários precisam tomar banho frequentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de tamanho grande, mas que permita a sua passagem pelas portas das gaiolas.


Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais, ninhos adequados, sendo muito usados os de plástico que são duráveis e de fácil higienização. Esses ninhos devem receber forros de flanela, corda ou feltro, comumente encontrados em lojas especializadas.


É boa prática trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a cada nova ninhada.


Após a abertura dos olhos dos filhotes não convém manusear os ninhos, para evitar que os mesmos o abandonem prematuramente, causando sérios inconvenientes.

FORMAÇÃO DE PLANTEL

Como o objetivo da canaricultura é a quantidade, o criador inexperiente não deve iniciar sua criação com número muito grande de casais. Se a intenção for ter um ou dois casais, por passatempo, sem a preocupação com os resultados, qualquer casal serve, desde que seja saudável. Entretanto, se o objetivo for criar canários pensando em desenvolvimento técnico e em concursos, deve-se começar com casais de raça ou de cor de acordo com a preferência, mas de qualidade reconhecida. O criador deverá então filiar-se a um clube ornitológico que lhe possibilitará a compra de anilhas para registros oficiais, além de assistência técnica e convívio com muitos criadores.


Para conseguir bons pássaros é prudente visitar criadores de prestígio, que poderão dar valiosas orientações sobre os acasalamentos pretendidos e fornecer matrizes de qualidade técnica indiscutível.


Algumas regras já estabelecidas são importantes e devem ser lembradas na hora da compra.

desconfie dos pássaros baratos pois geralmente são de qualidade inferior ou portadores de alguma afecção. É preferível começar com poucos casais de qualidade do que com muitos ruins;

compre somente canários que tenham anilha e solicite do vendedor o seu "pedigree".

Não confie somente no seu "gosto" para avaliar um canário que deseja comprar. Certifique-se se ele está dentro dos padrões da cor ou de raça desejada. Se possível solicite os conselhos de um especialista e leia o Manual de Julgamento da Ordem Brasileira de Juízes de Ornitologia, inteirando-se das características dos pássaros devem possuir.

Não compre exemplares fracos ou enfermos por melhor que seja se "pedigree" pois um pássaro nessas condições não será bom reprodutor;

Lembre-se que um pássaro saudável é esperto e alegre. Sua barriga deve ser limpa e sem manchas, seus pés e dedos sem crostas ou tumurações e sua respiração silenciosa e sem chiado.

Segundo o saudoso companheiro Carlos Gimenez "nem sempre um canário que obteve um primeiro lugar é o mais adequado para a criação.
Existem canários espetaculares em termos de plantel e criação que não teriam grandes chances numa mesa de julgamento, ou por terem o rabo aberto ou por estarem com a plumagem desarrumada, ou por estarem um pouco gordos quebrando assim a harmonia visual. Seria muito fácil se você comprasse o macho campeão e a fêmea campeã e acasalando-os, obtivesse o novo campeão.


Claro que os pássaros classificados em concursos devem possuir qualidades, mas também é muito importante a sua origem e potencialidades genéticas, o que justifica o ditado muito popular entre os canaricultures; "É preferível um pássaro razoável de uma excelente criação do que um pássaro excelente de uma criação razoável."

ACASALAMENTO

Considerando-se as variações naturais da luz solar, anualmente ocorre um aumento gradual e contínuo do tempo de duração da luminosidade do dia, a partir de 21 de junho, alcançando o máximo em 21 de dezembro. Esse período considerado foto-período positivo, influencia o ciclo reprodutivo dos canários. Assim entre a segunda quinzena de julho e a primeira de agosto, em nosso hemisfério, e a época recomendada para iniciar os acasalamentos.


Os machos e as fêmeas deverão ser colocadas nas gaiolas de cria, separados pela grade divisória, para um período de adaptação, fornecendo-se às fêmeas o ninho e fios de estopa (desfiada ou em pedaços de 5 x 5 cm, presos nas gaiolas). Quando os pássaros começarem a trocar comida através da grade e a fêmea a confeccionar o ninho remove-se a grade divisória, sendo então bem menor a possibilidade de brigas geradas por incompatibilidade ou despreparo do casal.

POSTURA

A postura do primeiro ovo sucede de 6 a 8 dias após a primeira cópula e as posturas mais freqüentes são as de 3 e 4 ovos.


A canária normalmente põe os ovos em dias seguidos, mas em alguns casos podem ocorrer intervalos de um dia entre um ovo e o seguinte.


Nas primeiras horas da manhã ( 5 a 7hs) a canária realiza a postura e depois é coberta pelo macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no criadouro muito cedo.


Todas as manhãs depois da 7 horas, os ovos recém postos devem ser retirados e substituídos por outros plásticos. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipiente com areia, algodão ou sementes esférica, (evitar sementes pontiagudas como alpiste, que podem perfurar a casca) e mantidos em temperatura ambiente. Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais escura, os ovos devem voltar ao ninho, sendo este considerado o primeiro dia da encubação. A razão para que os filhotes nasçam mo mesmo dia e tenham a mesma oportunidade de desenvolvimento.

INCUBAÇÃO

Normalmente a incubação é de 13 dias e nesse período é conveniente que o ambiente seja tranqüilo e que as manipulações na gaiola sejam rápidas, evitando-se perturbar a canária.


Durante a incubação os ovos perdem água através da casca que é porosa e permite também intercâmbio de grades necessários para a vida do embrião. Nesse processo de "respiração do ovo" o vapor da água expelido deve ser reposto. Daí a necessidade, nesse período, de umidade relativa do ar mais elevada. As canárias por instinto regulam a umidade molhando suas penas, sendo conveniente colocar banheiras, particularmente ao final da incubação (3-4 dias antes do final) momento em que os ovos necessitam de maior umidade e menor temperatura para que os estímulos de eclosão sejam eficazes e os filhotes possam romper facilmente a casca (70-90% de umidade).


Se a fêmea não se banha é conveniente pulverizar os ninhos com água.
Em períodos de baixa umidade pode-se colocar esponja úmida no fundo da gaiola, embaixo do ninho.


Durante a incubação pode-se fazer o diagnóstico da fertilidade dos ovos a partir do 5º ou 6º dia, examinando-os por transparência através de um foco de luz e comprovando a existência do complexo embrionário. Para isso emprega-se um "ovoscópio" que consiste numa caixa contendo uma lâmpada no interior e um orifício sobre o qual se coloca o ovo.


Observando-se um ovo não fecundado, por esse método, a gema é perfeitamente distinguida, enquanto nos ovos fecundados, a partir do 3º ou 4º dia da incubação já não se distingue a gema, como se ela estivesse misturada com a clara.


Segundo Perez e Perez (Bases biológicas Y de aplicacion prática de la canaricultura), os ovos abortados constituem perigo pelas emanações que produzem, sobre os ovos normais, podendo estar a causa de fracasso da incubação. Por essa razão, esse autor recomenda a ovoscopia em dois períodos, aos 5-6 dias para descobrir ovos infecundados e aos 10-11 dias para eliminar os embriões mortos.

NASCIMENTO

Na maioria dos casos o nascimento se produz exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto , se o nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se Ter paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem causar atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do ninho com frequencia. A falta de umidade também podem influir. Não abra ou jogue fora um ovo pelo menos até o 15º dia de chôco e, mesmo assim, faça um teste de vitalidade.


Para isso coloca-se os ovos em um recipiente com água morna e aguardar-se alguns minutos. Se o embrião estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, ema vez que a câmara de ar ocupa o pólo mais largo e balançará ligeiramente. Os ovos abordados flutuarão de lado, sem movimentos pendulares, ou afundarão.

ANILHAMENTO

Para identificar as aves o sistema mais prático e seguro, consiste na colocação de anilhas nas pernas dos filhotes. A anilha é um anel de alumínio, fechada, inviolável, nas quais estão gravadas. As siglas da Federação e da Sociedade que as emitiu, o ano do nascimento, o número de ordem e o número do criador. Esta anilha é a identidade do pássaro , pois não saíra mais de sua perna, acompanhando-o por toda a vida.

Os pássaros para serem apresentados em Exposições e Concursos oficiais devem portar obrigatoriamente anilhas.
As anilhas são colocadas nos canários, com pouco dias de vida de 4 a 7, mas sempre tendo-se em conta o desenvolvimento ou que o pássaro a perca, se a manobra for realizada muito cedo.
O anilhamento é um processo delicado e as vezes é difícil, para o principiante. Deve ser feito sobre mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é comum que os mesmos defequem.
Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda, e com a direita o anel. Passa-se a anilha até o início da articulação.

Segura-se a ponta desses dedos e desloca-se a anilha através do dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna, fazendo com que o anel passe a perna.


Em seguida liberta-se o dedo posterior, desenganchando-o da anilha. Essa operação pode ser facilitada, untando-se os pés dos filhotes com vaselina ou outro lubrificante neutro.

SEPARAÇÃO DOS FILHOTES

A permanência no ninho até 20 dias é considerada normal. As ninhadas nutridas deixam o ninho entre 15 e 18 dias. Pouco dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a farinhada, frutas e verduras. Com um mês devem descansar e quebrar as sementes, podendo então ser separados dos pais.


Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto estes não percam as penugens da cabeça (espécie de pelos).


Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para a nova postura. Nesse período os pais podem depenas os filhotes em busca de material para confeccionar o novo ninho. Isto pode ser evitado, separando-se os filhotes dos pais pela grade divisória da gaiola e oferecendo ao casal material para a confecção do ninho. Os pais alimentam os filhotes pela grade, bastando para isso a colocação de poleiros baixos próximos à grade divisória, dos dois lados.

ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES

Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A farinhada com ovo cozido deve ser administrada em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.


Pode-se usar verduras como almeirão, chicória e couve, sempre muito bem lavadas e frescas, bem como maçã e jiló.

O uso de variedades de sementes também é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca (especialmente na primeira semana) e o Niger devem ser oferecidos em comedouros separados. Alguns criadores costumam usar pão molhado na leite, com muita aceitação pelas fêmeas. O preparo é feito usando pão d'água, amanhecido, descascado e cortado em fatias que são mergulhados em água. As fatias intumescidas são espremidas e colocadas novamente na água, repetindo-se a operação várias vezes. Depois, mergulhadas em leite novamente espremidas e oferecidas aos pássaros.


Algumas canárias não alimentam ou alimentam mal os seus filhotes, apesar dos cuidados do criador. Nesses casos. Delille (ABC PRATIQUE DE IÉLEVURS DE CANARIES COULEURS) recomenda além da retirada do macho, oferecer água de beber fortemente açucarada por um dia e pedaços de maçã.


Outro recurso que pode ser usado, principalmente para as canárias que saem pouco do ninho, é retira-lo com os filhotes por alguns momentos. Essa manobra faz com que a fêmea se alimente e ao voltar ao ninho, acabe alimentando os filhotes.


É sempre interessante colocar-se várias fêmeas para chocar ao mesmo tempo, ainda que para isso seja preciso esperar alguns dias. Caso falhem todas as manobras para estimular uma fêmea preguiçosa a tratar sua ninhada, resta a possibilidade de distribuir os filhotes entre fêmeas que estejam tratando bem.


Alguns criadores costumam auxiliar as fêmeas, administrando alimentos pastosos no bico dos filhotes, prática essa que é condenada por outros.


Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas acreditamos que nos primeiros dias de vida é muito importante, pois permite administrar aos filhotes vitaminas e medicamentos eficientes no tratamento, por exemplo, da colibacilose, patologia responsável pela maioria das mortes no ninho. Além disso, auxilia o desenvolvimento inicial mantendo os filhotes em condições de se levantarem e pedirem alimentação as mães, aumentando o índice de sobrevivência.


As fórmulas das farinhas que devem ser misturadas ao ovo cozido e passado pela peneira para fazer a "farinhada" ou "farofa", são muito variadas. Esse assunto é bastante polêmico e cada criador tem sua própria receita, guardada muitas vezes como grande segredo.


O objetivo final dessa farinhada é obter uma mistura com proporções adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras, além de sais minerais e vitaminas, o que na maioria das vezes não é alcançados. Nas revistas e livros especializados encontra-se várias sugestões para o preparo dessas misturas.


Existem hoje no comércio, rações balanceadas e adequadas para serem usadas puras ou misturadas com o ovo. Que estão sendo usados por criadores de renome, com bons resultados.

ANTÔNIO CELSO RAMALHO
JUIZ DA OBJO - Ordem Brasileira de Juizes de Ornitologia. (FOB)
JUIZ OMJ-COM - Ordem Mundial de Juizes

Canário Gloster

Histórico

A origem da raça é bem conhecida, ao contrário da maioria das outras.
Em 1925 dois exemplares foram exibidos no National Show no Cristal Palace e, afortunadamente, eles foram reconhecidos como uma nova raça pelo juiz A. W. Smith, já falecido.
A mais de sessenta anos, ao fazer sua aparição, no tempo em que a raça Crested estava em seu apogeu, o GLOSTER foi objeto de muita polêmica. Muitos criadores daquele tempo relutaram em aceitá-los, considerando-os como maus exemplares do então rei da criação de canários, o Crested .
Com incrível persistência, a Sra. Rogerson, e os Srs.A. W. Smith e John McLay, um notável criador escocês, tornaram-se os pioneiros na criação desse novo e pequeno canário de forma.
Enquanto a Sra. Rogerson obteve seus pássaros partindo do cruzamento de Rollers com topete com Border de tamanho bem reduzido do plantel de J.H. Madagan, o Sr. MacLay cruzou seus Crested, que eram usados como amas para os grandes, com os menores Borders que conseguiu obter com os criadores escoceses.
É preciso não esquecer que o Border de 1925 era um pássaro pequeno e de plumagem excelente e desde pequeno "wee gem" e do então considerado o rei da canaricultura, o Crested, se originou o pequeno pássaro que posteriormente passou a chamar-se GLOSTER, corruptela de Gloucester, nome escolhido pelo juiz que primeiro os aceitou, A. W. Smith.
Como toda raça que possui o topete, há exemplares com e sem topete, ou seja, os CORONA e os CONSORT, que apresentam características idênticas, executando-se o topete.
O GLOSTER IDEAL
É um pássaro pequeno, tendendo ao diminutivo. O tamanho ideal é em torno dos 12 cm.
Topete - O topete é rico em penas, redondo, simétrico e perfeitamente aderente á nuca, cobrindo parte do bico e dos olhos. O ponto central de onde se irradiam as penas é um pequeno ponto de no máximo 1 mm de diâmetro.
O CONSORT possui a cabeça redonda sob todos os ângulos, penas longas e sobrancelhas bem evidentes, como devem ser todos os parceiros de pássaros de topete.
Bico - O bico é curto e cônico, olhos mais próximos do bico que da nuca, que com uma curva reversa quase imperceptível faz a concordância com o dorso.
Pescoço - O pescoço é curto e grosso, ligando a cabeça harmoniosamente ao dorso, peito e ombros.
Forma - A forma é semelhante á do Norwich, guardadas as devidas proporções. O dorso é ligeiramente arredondado, ombros largos, peitos amplos com afunilamento pronunciado em direção á cauda.
Plumagem - A plumagem deve ser compacta, sem frisos ou penas soltas e são aceitas todas as cores, á exceção do fundo vermelho.
Postura - A postura se caracteriza por uma inclinação do corpo de aproximadamente 45º com a horizontal.
Cauda - A cauda é curta, compacta, praticamente alinhada com a parte baixa do dorso.
Asas - As asas, também curtas, assentam-se perfeitamente sobre o dorso sem cruzar as pontas que se apóiam sobre a rabadilha.
Pernas - As pernas, que apresentam as coxas dissimuladas na plumagem, são implantadas bem atrás do corpo, as canelas curtas com os dedos e unhas perfeitos.
É um pássaro vivo, de movimentação constante, que deve estar perfeitamente limpo e saudável para que esteja completo o pássaro ideal.
Texto do manual de julgamento, para obter mais informações adquirir o mesmo junto a FOB ou OBJO